O Amazonas é o segundo maior rio do mundo em extensão, com quase 7 mil km das nascentes até a foz, e é, de longe, o rio com maior fluxo de água do Planeta – calcula-se que um volume entre 12% e 20% de toda a água doce do mundo flua através dos rios e ares (os chamados “rios voadores”) da Bacia Amazônica e, mais cedo ou mais tarde, essa água irá atingir a calha do rio Amazonas. A Bacia Amazônica ocupa uma área com mais de 7 milhões de km², onde se encontram mais 1.000 afluentes – alguns destes afluentes, como o Negro e o Madeira, entram na lista dos 10 maiores rios do mundo.
Todas estas informações são absolutamente clichês e você já deve ter lido ou ouvido pelo menos alguma delas em algum lugar. Deixe-me mostrar a grandiosidade da Bacia Amazônica e do grande rio das Amazonas de um jeito diferente:
Algumas estimativas científicas indicam que um volume equivalente a 383 mil km³ de água evapore dos oceanos a cada ano (dependendo da fonte consultada, você poderá encontrar valores diferentes deste). Para que você tenha uma ideia mais precisa do que é esse volume, ele equivale a uma camada de 1,06 metro da superfície de todos os oceanos do mundo: Pacífico, Atlântico, Índico, mares polares, Mar Mediterrâneo, entre outros. É claro que, nas regiões mais frias do Planeta, a quantidade de água evaporada é muito pequena – nas regiões mais quentes, especialmente ao longo da Linha do Equador, a quantidade de água evaporada pelo calor do sol será bem maior do que o valor médio indicado.
Essa inacreditável quantidade de água na forma de vapor é colocada em circulação ao redor do nosso Planeta pela força dos ventos, elemento esse que também é influenciado pelas diferentes temperaturas ao redor do globo terrestre. Em algum momento, quando o vapor esfria, a água volta ao estado líquido e é precipitada de volta a superfície do Planeta – cerca de 75% das chuvas caem de volta sobre os oceanos e os 25% restantes vão cair sobre os continentes, na forma de chuva, neve, granizo ou sereno.
O volume total dessa precipitação sobre os continentes equivale a mais de 95 mil km³ – isso pode parecer muita coisa a princípio, mas esse volume equivale a menos de 0,5% da água existente no Planeta inteiro: 97,5% da água existente na Terra é salgada, ou seja – água do mar, imprópria para o consumo. A água doce ou potável, corresponde a apenas 2,5% do volume de água existente no Planeta, sendo que a maior parte está congelada nos Polos e nas geleiras, e grande parte se encontra em aquíferos e lençóis subterrâneos de difícil acesso.
A região onde se encontra a Bacia Amazônica intercepta 1/5 de todo o volume de vapor de água do Planeta, que se precipita na forma de chuva – são quase 20 mil km³ de água que irão cair sobre os solos da região e, na sua maior parte, vão fluir pelos rios, riachos, lagos e igarapés, até atingir a calha do poderoso rio Amazonas, que muitas vezes é chamado, e com toda a razão, de rio-mar.
O caudal médio do rio Amazonas, termo que indica o volume total de água que corre pela calha do rio, corresponde a 209 mil m³ por segundo – isso significa que, a cada 10 segundos, um volume de água equivalente à Baía da Guanabara é lançado pela foz do rio Amazonas no Oceano Atlântico. Esse volume de água doce é tão grande que a salinidade do Oceano é afetada numa distância de até 150 km da foz. O Nilo, o maior rio do mundo (é cerca de 300 km mais longo que o Amazonas), tem um caudal médio 60 vezes menor que o do nosso grande rio.
Esse grandioso rio, ao contrário do que talvez possa parecer, nasce em pequenas fontes no alto da Cordilheira do Andes no Peru. A água dessas nascentes surge a partir do gotejamento de geleiras no alto das montanhas, que derretem vagorosamente ao longo do ano. Ainda não existe um consenso científico sobre qual é a nascente mais longínqua do rio Amazonas – a certeza que temos é que dezenas de pequenos fios de água vão se juntando e formando pequenos córregos, que por sua vez se transformam em pequenos rios, que mais tarde se transformarão nos grandes afluentes do rio Amazonas.
Entre os inúmeros afluentes do rio Amazonas, destacam-se os rios: Napo, Javari, Jandaiatuba, Putumayo (chamado Içá no Brasil), Jutaí, Juruá, Japurá, Tefé, Coari, Piorini, Purus, Negro, Madeira, Manacapuru, Uatumã, Nhamundá, Trombetas, Tapajós, Curuá, Maicuru, Uruará, Paru, Xingu e Jari. Se você consultar as postagens do blog, vai ver que já falamos de alguns desses rios (sublinhados), mas ainda há muitos outros para se falar.
As águas da Bacia Amazônica são as veias que alimentam a vida na Floresta Amazônica, o maior sistema florestal equatorial do mundo (a maior floresta do mundo, ao contrário do que muitos afirmam em relação à Amazônia, é a Taiga, as florestas boreais do Norte do Planeta). A área ocupada pela Floresta Amazônica é de aproximadamente 5,4 milhões de km², ocupando terras na Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Suriname, Guiana e Guiana Francesa – mais de 60% da Floresta se encontra no Brasil. Calcula-se que mais de 1/3 de todas as espécies do mundo vivam na Amazônia – somente em espécies de peixes, já se conhecem mais de 2.100 espécies diferentes e, a cada dia, se descobrem novas espécies.
A largura média do rio Amazonas se situa entre 6 e 8 km – no período das chuvas, essa largura pode chegar a casa dos 50 km em alguns trechos, com uma profundidade média entre 20 e 50 metros. Isso significa que, com as devidas cautelas de navegação por causa dos bancos de areia, um navio superpetroleiro ou um grande navio de cruzeiro podem navegar tranquilamente nas águas do rio-mar. Com a mesma cautela na navegação e a depender da época do ano, cargueiros de grande porte podem entrar na calha do rio Amazonas e atingir portos fluviais na Colômbia, Peru e Equador – nenhum outro rio do mundo se aproxima tanto de um mar como o rio Amazonas.
Todo esse “mundo” de águas doces, porém, não está a salvo de secas grandiosas como aquelas registradas em tempos recentes como 1963, 2005 e 2010, quando rios caudalosos acabaram transformados em filetes d’água. O fluxo de massas de vapor em direção da região Amazônica está no centro da manutenção das chuvas periódicas que alimentam os rios e regulam o clima da região. A velocidade em que mudanças climáticas globais vêm sendo observadas, particularmente em função do Aquecimento Global, poderão afetar drasticamente os volumes de chuvas que chegam anualmente na Amazônia, com consequências imprevisíveis para a flora, a fauna e o clima regional. E um grande exemplo de mudança climática é o Deserto do Saara.
Até cerca de 8 ou 10 mil anos atrás, todo o Norte da África era mais úmido e com temperaturas mais baixas que as atuais. Existiam densas florestas e as áreas mais secas eram cobertas por vegetação de Savana. Todos os grandes rebanhos de animais que você pode ver nos documentários sobre o continente, como zebras, girafas, elefantes, rinocerontes e gnus, entre outros, habitavam a região. O famoso rio Nilo, que atualmente segue rumo Norte até desaguar no Mar Mediterrâneo, naqueles tempos atravessava todo o Norte da África e tinha a sua foz no Oceano Atlântico.
Foi então que o nosso planeta sofreu uma leve alteração no seu eixo de rotação, que foi suficiente para alterar a incidência solar no Norte da África e provocar uma alteração climática nos regimes de umidade e temperatura. Alguns cientistas afirmam que essa mudança ocorreu a menos tempo, há cerca de 5 mil anos atrás, mas com as mesmas consequências – as florestas retrocederam lentamente até desaparecer e as áreas de Savana se ampliaram. E o verdejante Norte da África se transformou no grande Deserto do Saara que vemos hoje.
Esperemos todos que mudanças climáticas deste porte não atinjam a Amazônia tão cedo.
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[…] Se você consultar um mapa da região Amazônica, vai ver que o rio Orinoco, o maior rio da Venezuela com um curso sinuoso com aproximadamente 2.700 km de extensão, nasce no Sul do país, bem próximo da fronteira com o Brasil. O rio corre primeiro na direção Norte, fazendo a divisa entre a Venezuela e a Colômbia. Depois, ele vira na direção Leste, até atingir sua foz em um delta no Oceano Atlântico. O rio Negro, conforme apresentamos na postagem anterior, nasce na Colômbia, seguindo na direção da Venezuela a Leste, virando depois para o Sul em direção ao território brasileiro. O rio Negro segue na direção Sudeste até a confluência com o rio Solimões, formando o rio Amazonas. […]
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[…] o ciclo de postagens sobre a navegação na bacia Amazônica, gostaria de falar um pouco sobre os rios Jari e Trombetas, dois rios relativamente pequenos, se […]
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[…] RIOS JARI E TROMBETA… em O PODEROSO RIO AMAZONAS […]
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[…] são os deltas dos rios Nilo, Reno, Danúbio, Ganges, Indus, Mississipi, Jacuí, Paraná e Amazonas. Enquanto as águas dos grandes rios fluírem, as áreas dos deltas se manterão como importantes […]
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[…] de rios com nascentes na região do Cerrado contribuem com apenas 4% das águas da gigantesca bacia Amazônica, na bacia hidrográfica do Rio São Francisco essa contribuição corresponde a 94%. Isto significa […]
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[…] social e ambiental. A construção de uma barragem de grande porte em um importante afluente do rio Amazonas tem um fortíssimo potencial de produzir profundas alterações em uma extensa área da biota […]
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[…] expliquei que aquela era apenas uma represa do sistema de abastecimento da cidade e que o rio Amazonas ficava a mais de 4 mil km de distância. Tive de me segurar para não falar que a Floresta […]
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[…] A “NOSSA… em O PODEROSO RIO AMAZONAS […]
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[…] sobre os solos. Água na Amazônia não costuma ser problema – a região possui a maior rede hidrográfica do mundo e também conta com uma das maiores precipitações anuais do planeta. Já a insolação dos solos, […]
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[…] do Equador). Duas expedições espanholas fracassaram na conquista e nos objetivos ao descer o rio Amazonas e, agora, um grupo de rivais portugueses consegue vencer o caminho contra a correnteza – era uma […]
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[…] PEDRO TEIXEIRA E SUA… em O PODEROSO RIO AMAZONAS […]
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[…] brasileira. No imaginário popular, a Amazônia continuou sendo sinônimo de mata fechada, grandes rios, índios e animais […]
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[…] Bacia Amazônica ocupa uma área com aproximadamente 7 milhões de km², o que corresponde a quase 40% do […]
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[…] desses rápidos exemplos, temos os grandiosos rios Amazonas, Solimões e Negro, que desde os primeiros tempos de nossa colonização oferecem extensos trechos […]
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[…] de não ser um rio grande e caudaloso como seus congêneres da gigantesca Bacia Amazônica, o Paraíba do Sul sempre cumpriu o seu papel como fonte de abastecimento de água de populações, […]
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[…] das chuvas para a manutenção de nossas florestas e demais sistemas naturais – muita chuva na Floresta Amazônica e pouca água na região da Caatinga Nordestina. Na agricultora, nossa dependência das águas […]
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[…] de Mato Grosso, seguindo depois para a região de Rondônia e, por fim, se fixaram em uma ilha no rio Amazonas. Essa saga durou vários anos e foram percorridos mais de 5.600 km. Eram perto de 60 mil indígenas […]
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[…] Uma outra característica marcante do Vale do Ribeira é a grande concentração de pequenas comunidades indígenas e quilombolas. O isolamento dessas populações manteve vivo todo um conjunto de lendas e um folclore diferenciado do restante do Estado de São Paulo. Esse folclore é rico em criaturas míticas aquáticas e está muito próximo de elementos de outras regiões do país como o Vale do rio São Francisco e a Bacia Amazônica. […]
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[…] AMAZÔNIA SUSTENTÁVEL… em O PODEROSO RIO AMAZONAS […]
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[…] onde fica a cidade é uma grande ilha – a Ilhas das Guianas, que é cercada pelos rios Negro, Amazonas e Orinoco, Canal do Cassiquiare, além das águas do Mar do Caribe e do Oceano […]
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[…] de usinas hidrelétricas na região da Bacia Amazônica. Essa região, como todos devem saber, é o paraíso das águas – pesquisadores afirmam que 20% de toda a água doce superficial do mundo é encontrada na […]
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[…] das nossas especialidades. Entre os mais abordados podemos citar o rio São Francisco, o Tietê, o Amazonas, o Madeira, o Guandu e o Tocantins aqui no Brasil. Em terras estrangeiras, já falamos muito do rio […]
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[…] equatorial pelo fogo e pelas motosserras, nossos agricultores estão contaminando as águas da maior bacia hidrográfica do mundo com resíduos químicos. Guardadas as devidas proporções, esse é um problema real e que […]
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[…] as principais rotas usadas para o escoamento dessas drogas estão os rios da Bacia Amazônica dentro do território brasileiro. Existem milhares de embarcações usadas para o transporte de […]
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