A COP28, OU LEMBRANDO DO “GRANDE CIRCO” 

O ano de 2023 está quase acabando e nós não poderíamos deixar de fazer uma última postagem. Os últimos meses foram bastante complicados no trabalho e faltou tempo para manter a rotina de postagens diárias. 

Um tema que me incomodou bastante nas últimas semanas foi a COP28 – 28ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que foi realizada este ano em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. 

Como acontece sempre, essas reuniões atraem multidões de ricos, famosos e políticos “preocupados com o meio ambiente e com as mudanças climáticas”. Essa gente costuma engarrafar as pistas dos aeroportos com seus jatinhos particulares que deixaram um enorme rastro de poluentes fósseis em seus trajetos. Em suas bagagens trazem sempre seus discursos lacradores e quase sempre não apresentam nada que seja efetivamente prático.

Um detalhe que gostaria de destacar – o Brasil mandou mais de 1.330 representantes para o evento, gente essa distribuída nas esferas do funcionalismo público federal, estadual e municipal. Posso até estar sendo leviano, mas não vejo tanta gente preocupada com questões ambientais no dia a dia. Dubai é um destino turístico muito famoso e bem caro – ir passar uns dias por lá por conta do erário público é muito bom…

A pérola da COP28 foi um discurso do nosso Presidente da República que, acompanhado da nossa Ministra do Meio Ambiente, foi as lágrimas ao falar das questões ambientais. Nessas horas eu costumo ter vergonha de ser brasileiro. 

Quem tem mais de 50 anos de idade talvez se lembre de um antigo programa da televisão chamado O Grande Circo. A atração era estrelada pelo querido palhaço Torresmo e por seu filho Pururuca. Piadas e brincadeiras típicas dos picadeiros dos antigos circos eram o carro chefe do programa. 

A COP e a presença de tanta gente, desgraçadamente, me faz lembrar desse velho programa circense – muita piada de mal gosto e nenhum resultado prático para as questões ambientais cada vez mais urgentes. O relatório final da reunião apresentou uma infinidade de boas intenções e propostas de mudanças para o futuro. 

Eu estou mesmo é interessado em saber o custo dessa farra das arábias com dinheiro público, o nosso suado dinheirinho. Como o palhaço Torresmo costumava repetir – “hoje tem marmelada… tem sim senhor”. E haja marmelada para tanto turista de ocasião… 

Enquanto a resposta não vem, desejo a todos os nossos leitores um Feliz Natal e os desejo de um 2024 com bastante prosperidade e mais seriedade dos nossos governantes! 

Abraços a todos!