De algumas semanas para cá, diversos veículos de comunicação passaram a divulgar reportagens sobre a caótica situação do abastecimento na Cidade do Cabo, na África do Sul. Depois de uma fortíssima seca que já dura 3 anos, todos os reservatórios do sistema de abastecimento da cidade entraram em colapso, uma situação que lembra muitos dos problemas conhecidos por nós brasileiros. Essas reportagens, porém, não se aprofundam nas origens deste problema – vamos usar esses dias de Carnaval para explicar em postagens bem curtas o que realmente acontece ali do outro lado do Oceano Atlântico.
A Cidade do Cabo ou Cape Town é um dos destinos turísticos mais importantes da África do Sul, atividade que representa 10% do PIB do país. Com 4 milhões de habitantes, é a segunda cidade mais populosa do país, com forte participação na vida econômica e cultural da África do Sul.
Com a seca prolongada dos últimos anos, o nível médio das barragens da Cidade do Cabo está próximo dos 20% – se este nível chegar ao limite de 13,5%, a cidade poderá entrar em colapso. Apesar de muitos ainda terem em mente a imagem de uma África coberta por densas florestas cheias de grandes animais, na África do Sul o clima semiárido domina grande parte das paisagens do pais e a água sempre foi um elemento raro. Uma grande parte do território sul-africano é ocupada por áreas desérticas como o Kalahari, onde as temperaturas podem chegar aos 50° C, e por planaltos secos como o Karoo, além de áreas de savanas. Somente na faixa Leste do país, ao longo da divisa com Moçambique, onde predomina o clima subtropical com chuvas mais regulares, é que uma vegetação mais densa sobrevive. Comparando a grosso modo, o país teria a maior de sua superfície coberta pela Caatinga Nordestina e pelo Cerrado, com uma faixa semelhante à Zona da Mata no Leste.
Com a intensificação da seca, as autoridades reduziram a disponibilidade diária de água de 87 litros para apenas 50 litros por pessoa. Para efeito de comparação, essa disponibilidade em São Paulo é de 165 litros/dia por habitante e, na cidade do Rio de Janeiro, chega próximo aos 300 litros/dia. Se as coisas piorarem, é possível que essa disponibilidade diária caia ainda mais, para algo em torno de 25 litros de água/dia por habitante, ou seja, algo equivalente ao que se gasta em 4 descargas em um vaso sanitário com caixa acoplada – se for uma válvula de parede daquelas mais antigas, é praticamente o gasto de uma única descarga.
Na próxima postagem, vou mostrar a origem desta seca na África do Sul, que está interligada a uma série de problemas em maior escala provocados pelo aquecimento global nas águas do Oceano Índico.
[…] A CRISE NO ABASTECIMENTO DE ÁGUA NA CIDADE DO CABO, ÁFRICA DO SUL […]
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[…] mudanças climáticas globais se desenrolando lentamente. A algum tempo atrás publiquei algumas postagens falando da fortíssima seca que está assolando a África do Sul e que levou o abastecimento da […]
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[…] com quase nenhuma água para as suas necessidades. Esse problema está sendo vivido hoje pela África do Sul, um país que é um grande produtor mundial de vinhos e tem sofrido com uma fortíssima seca nos […]
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[…] quase um ano atrás, publicamos uma postagem falando da gravíssima situação da Cidade do Cabo ou Cape Town, na África do Sul. Naquele […]
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[…] e Djibuti. Mais ao Sul, estão sofrendo com a seca o Malawi, Moçambique, Zimbabwe, Madagáscar e África do Sul, além dos enclaves em território sul-africano […]
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[…] das massas de umidade que atingem a África e a Ásia – algumas áreas estão sofrendo com chuvas abaixo da média e outras com volumes muito acima da média histórica, como o que está acontecendo no Quênia nos […]
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[…] O continente africano oferece diversos exemplos das tragédias que estão sendo criadas pelas mudanças do clima mundial. De acordo com informações recentes divulgadas pela ONU, perto de 45 milhões de pessoas estarão em grave situação de insegurança alimentar nos próximos seis meses por causa da forte seca que está assolando a África Austral, um tema que já tratamos em postagem anterior. Mudanças no padrão climático do Oceano Índico, com origem no aquecimento global, estão reduzindo as chuvas no Sul e no Leste da África, o que tem resultado em um forte período de seca em países como Angola, Lesoto, Madagascar, Malauí, Namíbia, Moçambique, Zâmbia, Zimbábue e África do Sul. […]
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[…] provocado mudanças regionais no clima da África e da Ásia – algumas regiões sofrem com fortes secas e outras com fortes […]
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[…] das massas de umidade que atingem a África e a Ásia – algumas áreas estão sofrendo com chuvas abaixo da média e outras com volumes muito acima da média […]
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[…] das massas de umidade que atingem a África e a Ásia – algumas áreas estão sofrendo com chuvas abaixo da média e outras com volumes muito acima da média histórica. Essas mudanças também têm levado a […]
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[…] Oceano Índico. Essas mudanças estão provocando alterações nos ciclos de chuvas na África, com algumas regiões apresentando fortes secas e outras têm chuvas em […]
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[…] águas a adotar um fortíssimo racionamento. Outro exemplo mais recente foi o que se abateu sobre a Cidade do Cabo, na África do Sul, em 2018. Uma grande seca regional levou toda a Cidade à beira do colapso – […]
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[…] estão apresentando alterações significativas nos padrões tradicionais das chuvas – regiões do Sul e Sudeste da África tem sofrido com fortes secas. No extremo Leste da África as chuvas estão acima da média histórica. As Chuvas da Monção no […]
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[…] Oceano Índico, já são visíveis alterações nas correntes marinhas, o que tem se refletido em mudanças nos padrões de chuvas nas áreas continentais próximas. Mudanças alarmantes nas precipitação e no clima começam a […]
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[…] pelas mudanças climáticas. Essas mudanças tem provocado alterações nos padrões de chuva em extensas áreas do continente africano e também alterado as Chuvas da Monção que caem sobre o Subcontinente Indiano e Sudeste […]
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[…] Sul do Continente e o aumento das chuvas em regiões do Leste Africano. Também merece destaque o aumento da intensidade das secas em Áreas do Sul, do Sudeste e Leste africano, problemas que estão ligados diretamente a mudanças […]
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[…] observadas já há algumas décadas no Oceano Índico e que estão criando graves problemas na África Austral, no Subcontinente Indiano e em todo o Sudeste Asiático. Medições sistemáticas das temperaturas […]
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[…] Mudanças nos padrões climáticos do Oceano Índico, ligadas diretamente ao aquecimento global, são apontadas como uma das principais responsáveis pela redução dos volumes de chuvas no Leste e no Sul da África. Além de castigar a região do Chifre da África, a seca também está afetando de seca em países como Angola, Lesoto, Madagascar, Malauí, Namíbia, Moçambique, Zâmbia, Zimbábue e África do Sul. […]
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[…] Mudanças nos padrões climáticos do Oceano Índico, ligadas diretamente ao aquecimento global, são apontadas como uma das principais responsáveis pela redução dos volumes de chuvas no Leste e no Sul da África. Além de castigar a região do Chifre da África, a seca também está afetando países como Angola, Lesoto, Madagascar, Malauí, Namíbia, Moçambique, Zâmbia, Zimbábue e África do Sul. […]
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[…] para alterar a velocidade de correntes marítimas e o regime de ventos. Regiões do Leste e do Sul da África estão sofrendo com a falta de chuvas; as Chuvas de Monção do Sul e Sudeste Asiático estão […]
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