O Homo sapiens, a nossa espécie, “emergiu” em algum momento entre 190 mil e 160 mil anos atrás na região nordeste do continente africano – entre 100 mil e 60 mil anos atrás, o Homo sapiens iniciou um processo longo e contínuo de migração para os outros continentes e domínio de todo o mundo.
Além de inteligência, robustez física, habilidade manual e imensa capacidade de adaptação aos mais diferentes climas e condições ambientais, os seres humanos devem grande parte do seu sucesso de sobrevivência a todo um grupo de animais que, domesticados ao longo de milhares de anos, forneceram inicialmente o alimento, depois força bruta para o trabalho e para as guerras, e também a guarda das residências e companhia na solidão. Citando apenas alguns exemplos globais: bois, cavalos, porcos, cabras, ovelhas, galinhas, patos, perus, cães e gatos; com elefantes e búfalos em regiões da Ásia e extremo oriente representando as particularidades regionais.
Essa lista precisa incluir também alguns animais que acabaram sendo “domesticados” involuntariamente pelas populações humanas – o rato é um dos mais importantes representantes dessa lista. Nativo das estepes asiáticas, o rato se habituou a uma vida próxima aos assentamentos humanos, onde conseguia alimentos com muita facilidade. Os ratos acompanharam as migrações das populações humanas e se espalharam por todos os cantos do mundo (a exceção, pelo menos até esse momento, é o continente Antártico). Os ratos integram a lista dos chamados animais sinantrópicos, que são aqueles que se adaptaram a viver junto ao homem, a despeito da vontade deste – ou seja, são quase “domesticados”. Incluem-se nessa lista pombos, morcegos, abelhas, aranhas, baratas, pulgas, moscas, carrapatos, escorpiões, formigas, vespas e mosquitos – destaque aqui para o nosso mundialmente famoso Aedes Aegypti.
O mosquito Aedes Aegypti é originário do continente africano, onde aprendeu a viver próximo dos assentamentos humanos desde milhares de anos atrás. Foi durante o período das grandes navegações europeias que esse mosquito “pegou carona” nas embarcações mercantis, especialmente nos chamados navios negreiros, e chegou ao continente americano, se fixando nas áreas tropicais e subtropicais, do Norte da Argentina até o estado da Flórida, nos Estados Unidos da América.
O ciclo de vida dos mosquitos apresenta quatro fases distintas – ovo, larva, pulpa e inseto adulto, destacando que os três primeiros estágios dependem da presença de água parada, o que nunca faltou nos assentamentos humanos e foi peça chave na predileção do inseto pela nossa companhia. A adaptação do mosquito Aedes aegypti ao convívio com os seres humanos foi tão grande que, de acordo com estudos especializados recentes, o inseto passou também a se reproduzir em água parada com altos índices de poluição como nos esgotos, o que explica os grandes níveis de infestações nas cidades brasileiras.
Água parada e esgotos são encontrados em abundância nas cidades brasileiras:
– Problemas nas redes de abastecimento de água em muitas cidades obrigam as populações a armazenar água nos mais diferentes tipos de recipientes: panelas, latas, latões, tambores e barris, entre outros. Sem maiores cuidados, esses recipientes podem se transformar em verdadeiros criadouros de mosquitos;
– Esgotos correndo a céu aberto e/ou eliminados de forma improvisada são facilmente encontrados nas nossas cidades, facilitando a formação de represamentos e poças, que atrairão as fêmeas dos mosquitos que buscam locais apropriados para a colocação dos ovos;
– Os sistemas de drenagem de águas pluviais, sem manutenção e limpeza periódicas, são potenciais criadouros de mosquitos pois podem permitir a formação de represamentos e empoçamentos de água;
– Os resíduos sólidos descartados incorretamente podem acumular a água da chuva e possibilitar a formação de importantes criadouros do mosquito. A lista inclui pneus, latas, embalagens plásticas e entulhos da construção civil; até cascas de ovos e tampinhas de refrigerante têm potencial para reter pequenas quantidades de água das chuvas e abrigar criadouros de mosquitos.
É responsabilidade de todos nós, Homo sapiens, rompermos em definitivo os nossos vínculos com o Aedes aegypti – esse mosquito só se reproduz graças ao auxílio humano, colonizando regiões onde encontram recipientes com água parada; e somos nós, apenas nós, os responsáveis por manter esses criadouros do mosquito ativos.
[…] deficiências, há uma verdadeira profusão de mosquitos urbanos, especialmente o sempre presente Aedes aegypti, além de mosquitos silvestres nas áreas lindeiras das regiões de mata – está formado o […]
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[…] do velho conhecido mosquito urbano Aedes Aegypti, citados aqui em inúmeras postagens e transmissor de diferentes doenças, precisamos incluir na lista de vetores os mosquitos […]
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[…] nas áreas urbanas. E tem mais – os mosquitos transmissores da febre amarela, especialmente o Aedes Aegypti, também transmitem doenças como a Dengue, febre Chikungunya, Zika, Sídrome de Guillain-Barré e […]
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[…] pautas deixadas em segundo plano pela grande imprensa. Como o mosquito transmissor da doença, o Aedes Aegypti, parece não ligar para o que é transmitido pelos telejornais, os casos de Dengue apresentaram um […]
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[…] nas páginas deste blog, a proliferação do mosquito transmissor da Dengue, o famoso e letal Aedes Aegypti, se dá em pequenos acúmulos de água em resíduos domésticos como embalagens, pneus e latas, […]
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[…] naquela época, jogar toda a culpa da febre amarela nos macaquinhos. Os grandes criadouros dos mosquitos Aedes Aegypt nas casas dos moradores, esse era, então, um problema bem menor e que podia […]
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[…] mosquitos, insetos transmissores de uma série de doenças aos seres humanos – destacamos aqui o mosquito Aedes Aegypt, transmissor de doenças como a Dengue, a Zica e a Chikungunya. A predação aqui começa com os […]
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[…] e soltos em uma cerimônia oficial no Campo de Santana. As aves não acabaram com os mosquitos Aedes Aegypti, que tiveram suas populações controladas com medidas de saneamento básico implantadas por […]
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[…] O “PODEROSO… em AEDES AEGYPTI: UM MOSQUITO… […]
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[…] infraestrutura de saneamento básico podem chegar até a sua casa. Um bom exemplo são os mosquitos Aedes Aegypti, transmissores de doenças como a Dengue, a Zica e a Chikungunya, que sempre dão um jeitinho e […]
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[…] Rio de Janeiro vivia uma perigosa epidemia de febre amarela. Para ajudar no controle dos focos do mosquito Aedes Aegypti, o principal vetor do vírus, o então Prefeito da cidade, Francisco Franco Pereira Passos, […]
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[…] de informações sobre doenças “tradicionais” provocadas por um velho conhecido – o mosquito Aedes Aegypti, além de outros mosquitos silvestres. Falo aqui da Dengue, da febre Chikungunya, febre amarela, […]
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[…] elo em comum entre essas doenças é um velho conhecido aqui do blog: o mosquito Aedes aegypti, o principal transmissor dos vírus arbóreos causadores dessas doenças. […]
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