De acordo com informações divulgadas no último dia 13 de fevereiro pela NOAA – Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos, na sigla em inglês, o mês de janeiro de 2020 foi o mês mais quente já registrado desde 1880, ano em que as medições sistemáticas das temperaturas do planeta começaram a ser registradas.
De acordo com a NOAA, a média das temperaturas terrestres e oceânicas no último mês superaram em 1,14° C a média registrada nos meses de janeiro ao longo do século 20 – essa média era de 12° C. O mês foi ainda o 44° janeiro consecutivo e o 421° mês seguido com temperaturas acima da média registrados desde o século passado.
Em regiões com temperaturas tradicionalmente baixas na Rússia, na Escandinávia e no Leste do Canadá, os termômetros chegaram a marcar temperaturas até 5° C acima das médias. Alguns exemplos da “loucura” climática:
- No último dia 9 de fevereiro, foi registrada uma inacreditável temperatura de 20° C na Península Antártica;
- As altas temperaturas na Sibéria tem causando grandes incêndios florestais na vegetação da Taiga;
- A cobertura de gelo no Oceano Ártico no último mês de janeiro ficou 5,3% menor que a média registrada entre 1981 e 2010. No Oceano Antártico, a redução foi ainda maior: 9,8%.
Outras consequências desse aumento da temperatura do planeta estão a nossa volta, sem nos darmos conta do que está acontecendo. Um grande exemplo recente foi a Tempestade Ciara, sobre a qual falamos numa postagem anterior, que causou enormes estragos em toda a Europa e surpreendeu a todos por ocorrer no meio do inverno europeu.
Também podemos citar o volume recorde de chuvas na cidade de São Paulo neste mês de fevereiro. De acordo com dados do INMET – Instituto Nacional de Meteorologia, o volume de chuvas acumulado na cidade em fevereiro chegou a 449 mm, o maior valor já registrado em 77 anos. Não é a toa que São Paulo sofreu, como nunca, com as enchentes deste ano.
Para encerrar, a cidade de Urupema, na Serra Catarinense, amanheceu hoje com temperaturas abaixo de 1° C em pleno verão. Em São Joaquim, cidade próxima que é famosa pelas baixas temperaturas nos meses de inverno, os termômetros amanheceram marcando 5° C.
Por todos os cantos do mundo se notam, em maior ou menor escala, mudanças nos padrões climáticos. Alguns lugares estão mais quentes, enquanto outros estão mais frios. As chuvas aumentaram em algumas regiões e diminuíram em outras. O nível do mar, um verdadeiro indicador das mudanças climáticas, já mostra sinais claros de mudanças – um exemplo é o visível aumento na altura das marés na Baixada Santista, no litoral de São Paulo.
Querendo ou não, todos vamos ter de nos adaptar a essas mudanças e a novos padrões climáticos em nossas vidas. Aquela conversa de primavera, verão, outono e inverno, com características bem definidas, será, cada vez mais, uma lembrança de um passado recente.
Só o tempo dirá o que teremos pela frente!
[…] Ártico está entre as regiões do mundo que mais sofrem com os efeitos do Aquecimento Global. As temperaturas médias na região estão aumentando progressivamente, o que tem levado à perda […]
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[…] é mesmo a principal causa dos deslocamentos das massas de ar frio. Vale lembrar que o ano de 2020 foi um dos mais quentes já registrados em nossa história e foi marcado por um recorde na perda da massa de gelo no […]
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