
O arquipélago de Svalbard é um território ártico pertencente à Noruega. É banhado pelo oceano Glacial Ártico a Norte, pelo mar de Barents e pelo mar da Noruega a Leste, além do mar da Groenlândia a Oeste. A área do arquipélago é de pouco mais de 60 mil km².
O Svalbard fica a cerca de 1.200 km do Polo Norte, sendo considerado o território permanentemente habitado mais ao Norte do planeta. No total, a população dessas ilhas é de aproximadamente 2.600 habitantes, que se dedicam em sua maior parte à mineração do carvão. O turismo é outra atividade importante nessas ilhas.
Por sua proximidade com o Ártico e pela facilidade de acesso tanto por mar quanto por via aérea, esse arquipélago é tradicionalmente visitado por pesquisadores, que ali sempre encontraram condições climáticas polares. Infelizmente, um grupo de pesquisadores brasileiros não teve essa sorte em uma visita recente e praticamente não encontrou neve por lá
Essa expedição, a primeira expedição científica brasileira ao Ártico, contava com pesquisadores da UNB – Universidade de Brasília, da UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais e também da Universidade Católica de Brasília. Entre as especialidades do grupo destacam-se o estudo de vegetais, fungos e biologia molecular.
O principal objetivo do grupo era investigar as conexões de longa distância entre a biodiversidade do Ártico e da Antártida, região onde o Brasil mantém uma base científica há quase 40 anos.
De acordo com os relatos, as altas temperaturas no arquipélago derreteram a maior parte da cobertura de gelo, ficando confinada apenas a geleiras nas montanhas mais altas. Em parte considerável de sua estadia no Ártico, os pesquisadores usaram apenas roupas leves. De acordo com os moradores locais, essas condições climáticas estão se tornando cada vez mais comuns no Svalbard.
Além da redução na precipitação de neve, o Svalbard também está assistindo a uma redução gradual de suas geleiras, um problema recorrente em diversas partes do mundo. Algumas geleiras locais estão recuando a uma média de 10 metros por ano.
Diante de toda essa frustração, os pesquisadores agora planejam voltar em fevereiro, mês que marca o final do inverno e que garantiria a presença de neve nas ilhas e também a presença de luz solar – é importante lembrar que o inverno no Ártico é marcado pela pouca luz solar.
O que acontecendo no Svalbard, desgraçadamente, está se repetindo em grande patre do Ártico.









