ALTAS TEMPERATURAS E INCÊNDIOS FLORESTAIS POR TODA A EUROPA 

As coisas andam bem “quentes” entre agricultores e Governos em vários países da Europa. O epicentro da crise é a Holanda, mas movimentos semelhantes estão ocorrendo na Polônia, Itália, Alemanha e Espanha. A causa de tamanha confusão é um conjunto de propostas para a redução das emissões de GEE – Gases de Efeito Estufa, pelos produtores rurais. 

O clima também está bastante quente e incêndios florestais estão ocorrendo por todos os cantos. Nesta última sexta-feira, dia 15 de julho, foram relatados incêndios em Portugal, Espanha, França e também na Croácia. Os serviços de meteorologia estão recordes de temperaturas em vários países. 

Desde a última terça-feira, dia 12, mais de mil bombeiros estão tentando controlar dois incêndios florestais no Sudoeste da França. As equipes estão sendo apoiadas, inclusive, por aviões que fazem o lançamento de água sobre o fogo. Além do forte calor, a região apresenta fortes ventos, o que realimenta constantemente o fogo. 

Em Gironde, departamento que fica no Sudoeste do país, mais de 750 hectares de matas já foram destruídos pelo fogo. Mais de 11 mil pessoas foram retiradas de suas casas pelas autoridades locais. Segundo essas autoridades, os incêndios ainda não foram controlados. 

Em Portugal, onde grandes e trágicos incêndios florestais têm se tornado frequentes nos últimos anos, há relatos de 13 incêndios simultâneos nesse momento. As temperaturas estão próximas dos 40° C e existem cinco distritos em alerta vermelho por causa dos riscos ambientais para a ocorrência de novos incêndios. 

Todos os trabalhos agrícolas envolvendo máquinas foram restritos na Espanha. Com as altas temperaturas e a vegetação seca, os riscos de novos incêndios são muito grandes. Segundo o Ministério do Meio Ambiente local existem 17 incêndios florestais no país nesse momento. 

Nas regiões da Galícia e na Estremadura as temperaturas podem chegar aos 45° C e as autoridades estão em alerta extremo. Na região da Catalunha, todas as atividades campestres e práticas esportivas ao ar livre em 275 cidades estão suspensas por causa dos riscos de incêndios. 

Na Croácia, país do Leste Europeu, há informações de três grandes incêndios florestais ocorrendo nesse momento. Na última quinta-feira, dia 14, aviões de combate a incêndios florestais precisaram ser usados numa tentativa de se controlar um grande incêndio. Tropas militares foram convocadas para irem ao auxílio dos bombeiros. 

Entre todos os países da Europa a situação mais crítica é a da Grã-Bretanha. Os meteorologistas estão prevendo temperaturas da ordem de 40° C, as mais altas já registradas na história, o que deverá desencadear alertas de emergência por todos os países da Grã-Bretanha. O Governo local, aliás, nunca precisou emitir um alerta vermelho de calor extremo. 

Além dos riscos materiais diretos envolvidos, existem os problemas de saúde ligados a baixa umidade e degradação da qualidade do ar. Portugal registrou 238 mortes associadas a essa forte onda de calor entre os dias 7 e 13 de julho. Um exemplo de como andam as coisas por lá pode ser visto no caso da cidade de Pinhão, no norte português, onde as temperaturas chegaram aos 47° C. 

Conforme já tratamos em outras postagens aqui do blog, essas ondas de calor estão se tornando cada vez mais frequentes na Europa, na América do Norte e também em países da Ásia, estando diretamente associadas às mudanças climáticas globais. Cada vez mais, países e populações vão precisar mudar seus hábitos de vida e de trabalho, se adaptando aos novos e complicados tempos que virão pela frente. 

Uma coisa é certa – nada mais será como antes… 

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