Há poucas semanas, a equipe econômica do Presidente Donald Trump enviou para o Congresso Americano a proposta orçamentária para o próximo ano, onde se destaca um grande aumento nas despesas com as forças armadas dos Estados Unidos. Nos últimos dias vimos a sinalização da “nova política externa” americana: um pesado ataque de mísseis contra instalações militares na Síria e a ordem para o deslocamento de uma poderosa frota naval para a região da península coreana.
Não estamos aqui para tratar destes assuntos, mas há uma sutileza em tudo isso: para aumentar o orçamento militar, a administração Trump cortou despesas em outras áreas – o Sistema Ambiental americano foi uma das áreas mais afetadas e perdeu metade de suas verbas. O Presidente Donald Trump é um árduo adversário do tema mudanças climáticas – para ele e para algumas dezenas de milhões de americanos, não existem provas que o clima da Terra esteja sofrendo mudanças no clima devido a ações humanas.
Vejamos algumas notícias recentes, publicadas em mídias diferentes, que contradizem a opinião desses ianques conservadores:
Estudo publicado na revista Advances in Atmospheric Sciences indica que haverá um aumento severo das turbulências nos voos, que se tornarão duas vezes e meia mais fortes até o final deste século. Essas turbulências são aquelas que podem surpreender passageiros sem cintos ou derrubar objetos dos bagageiros e que são o pesadelo de quem tem medo de voar. Essas turbulências são geradas por correntes de ar mais fortes que, com as mudanças climáticas já em andamento, tenderão a se tornar cada vez mais intensas.
As turbulências em voos têm múltiplas origens, incluindo o deslocamento de ar provocado por descargas elétricas nas nuvens, mudanças bruscas na pressão atmosférica ou grandes diferenças na temperatura do ar. Algumas vezes, em voos com “céu de brigadeiro”, tripulantes e passageiros são surpreendidos com fortes turbulências devido à súbitos encontros de massas de vento com direções e velocidades diferentes.
O problema é tão sério que motivará mudanças conceituais e estruturais no projeto e construção de novos modelos de aviões, além de forçar mudanças nos procedimentos operacionais dos voos. Provavelmente, as futuras versões do jato Presidencial americano, o Air Force One, já sairão de fábrica com muitas modificações para enfrentar essas fortes turbulências, mesmo que o “titular” confesse abertamente que tais mudanças climáticas não existam.
As mudanças climáticas “inventadas” pelos ambientalistas também estão provocando mudanças nos tipos de nuvens do planeta. Depois de mais de quarenta anos, o Atlas Internacional das Nuvens, publicação de referência para os estudos meteorológicos, sofreu uma atualização e doze novos tipos de nuvens foram incorporadas à publicação – algumas dessas nuvens são produzidas por ações antrópicas e estão associadas as mudanças climáticas que “não existem”.
Uma dessas novas nuvens ganhou o simpático nome de “asperitas” (vide foto), palavra em latim que está na raiz da palavra aspereza. São nuvens que se formam em baixas altitudes a partir do choque e sobreposição de duas massas de ar com temperatura e densidade diferentes. A parte de baixo dessa nuvem apresenta movimentos que lembram as ondas de um mar revolto.
A “homogenitas” é formada por uma classe inteira de nuvens criadas por ações humanas, incluindo o rastro de vapor de água que é deixado pela passagem de aviões a jato. As nuvens “cavum” possuem um buraco no meio, chamado “murus” e flutuam abaixo de tempestades intensas, que volta e meia se tornam parte dos tornados – aliás, vocês repararam como aumentou a frequência de tornados violentos aqui no Brasil nos últimos anos?
As mudanças climáticas que não existem também estão provocando o derretimento de geleiras ou glaciares em cadeias montanhosas de todo o mundo – eu tratei deste tema poucos dias atrás. As geleiras são fundamentais para a formação de importantes rios de montanha, cujas águas resultantes do derretimento vão se aglutinando e formando os cursos de água que seguirão para as partes baixas do terreno.
Dezenas de geleiras já desapareceram na Cordilheira dos Andes aqui na América do Sul, colocando em risco o abastecimento de milhões de pessoas. A Bolívia é um dos países sob maior risco e com menor capacidade de adaptação para as inevitáveis mudanças climáticas já em andamento (pelo menos na opinião de algumas pessoas e onde eu me incluo). Há poucos dias atrás foi anunciado que o Lago Poopó, o segundo maior corpo d’água do país, secou completamente.
E uma outra notícia fresquinha: até as sardinhas, um dos peixes mais baratos e mais consumidos pelos brasileiros estão em falta. As capturas dessa estação estão abaixo de um terço dos valores do ano passado e os pesquisadores já falam que são as “folclóricas” mudanças climáticas as responsáveis pela dispersão dos cardumes.
Se você acredita nas mudanças climáticas, está convidado a ler o nosso próximo post, onde falaremos do célebre desconhecido e agora inexistente Lago Poopó.
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