Orbitando há bilhões de anos ao redor do sol, o nosso planeta gradativamente foi adquirindo as características geofísicas e climáticas que hoje vemos com tanta naturalidade.
A massa rochosa e quente, muito quente, de tempos imemoriais da formação do planeta Terra esfriou pouco a pouco, permitindo que a água carregada desde as profundezas do espaço sideral (provavelmente trazida na forma de gelo em cometas e meteoros que caíram no planeta) se acumulasse ao redor do planeta, inicialmente na forma de uma densa camada de vapor.
Eras posteriores testemunharam o resfriamento gradativo e ainda maior do nosso planeta, o que permitiu que essa massa de vapor passasse para o estado de água líquida, caindo volumosamente na forma de chuva sobre o solo. Essa água acumulou sobre a face da Terra formando os primeiros oceanos e corpos de água sobre o leito estéril da superfície rochosa.
A poderosa energia do sol manteve o núcleo metálico da Terra em estado liquefeito, com intensa atividade geotérmica, modelando cada vez mais intensamente a superfície do planeta e consolidando cada vez mais os espaços dos oceanos e continentes. O forte campo magnético terrestre produzido pela energia do núcleo metálico do planeta permitiu a retenção dos gases formadores da atmosfera ao redor do planeta; Marte, nosso vizinho sideral dos mais próximos, teve muita água em sua superfície num passado distante, mas por não ter um campo magnético forte perdeu praticamente toda a sua água, que escapou pouco a pouco de volta para o espaço. A força do sol combinada com a atmosfera modelou o clima – as chuvas, o gelo, as marés e os ventos esculpiram o relevo, abrindo o caminho para a explosão da vida em todos os cantos da Terra.
O lento passar do tempo e toda uma combinação elementos criaram um planeta azul, com dois terços de sua superfície coberta por água e repleto de vida. Terra, planeta água…
Apesar de ser um dos elementos mais abundantes do planeta, a água existente é essencialmente a salgada ou dos mares, imprópria para o consumo humano e da esmagadora maioria das plantas e animais. Apenas 2,5% da água existente na Terra é doce ou potável – desta pequena porção de água doce apenas uma fração está acessível para o consumo humano: a maior parte da água doce do planeta se encontra congelada nas calotas polares, nas geleiras das altas montanhas ou infiltrada no solo a grandes profundidades. 7 bilhões de habitantes do planeta estarão a disputar cada gota dessa preciosa água nas próximas décadas.
É a energia do calor do sol que provoca a evaporação da água dos oceanos, produzindo a água doce e potável tão essencial para a manutenção da vida. Essa água doce é distribuída por todo o planeta como vapor presente na atmosfera, na forma de gelo e, especialmente, na forma de chuvas.
O ciclo e a distribuição das chuvas são fundamentais na geografia física, humana e econômica. A formação e distribuição dos diferentes ambientes da superfície do planeta estão diretamente ligadas aos volumes e à frequência das chuvas, com reflexos diretos nas populações de plantas e animais, incluindo ai o homem. A consolidação dos assentamentos humanos ao redor do mundo se deu em função da disponibilidade das fontes de água. No Brasil, como não poderia ser diferente, foram os grandes rios os indutores do povoamento do território e os grandes patrocinadores da fundação das vilas e cidades em suas margens. País essencialmente tropical, o Brasil tem nas chuvas sua principal fonte de recarga de aquíferos e lençóis subterrâneos de água, formadores primários de todos os riachos, rios e demais corpos de água de superfície. A exceção de alguns rios da bacia amazônica, com nascentes formadas por águas de degelo nas montanhas dos Andes, toda a água doce de nosso território vem das chuvas – somos um país de águas pluviais.
Falaremos bastante deste tema nos próximos posts.
[…] de nossos tempos é o acesso cada vez mais complicado às fontes de água. Apesar de vivermos em um planeta onde mais de 70% de sua superfície é coberta por grandes extensões de águas dos oceanos, menos de 2,5% dessas águas – conhecidas como águas doces ou frescas, são adequadas ao […]
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[…] mais renováveis para a produção de energia elétrica. A água das chuvas é o resultado de processos naturais criados pela energia solar e pelos ventos (que também tem sua origem na energia solar). Essa água corre através dos rios e se acumula nas […]
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[…] nosso planeta, a Terra, é uma gigantesca “máquina” movida a energia solar. Uma forma simples de enxergarmos isso é observando o ciclo da água. O calor do sol provoca a […]
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