
No próximo sábado, dia 6 de novembro, terá início a 27ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, mais conhecida como COP 27. O evento será sediado em Sharm el-Sheikh, uma cidade turística localizada entre o deserto da Península do Sinai e o Mar Vermelho no Egito.
O lema dessa edição da Conferência será “Juntos para a implementação”. Um dos principais objetivos do encontro será a concretização de acordos e compromissos anteriores, a exemplo das negociações firmadas em 2015, na COP 21 em Paris.
A questão das mudanças climáticas, que até poucos anos atrás era tratada com enorme ceticismo por grande parte das nações – especialmente os países mais industrializados, ganhou enorme força nos últimos anos. Em tempos de crise energética e de escassez de alimentos, a questão se tornou uma prioridade absoluta.
Conforme tratamos em uma postagem anterior, o Governo dos Estados Unidos, durante a administração do Presidente George W. Bush, chegou a contratar serviços de relações públicas para combater as notícias que falavam das mudanças climáticas. Isso aconteceu em 1990, pouco mais de 30 anos atrás.
O Governo norte-americano alegava há época que essas questões não tinham comprovação científica e que poderiam ameaçar os “empregos, o comércio e os preços nos Estados Unidos”. Entre outras ações, “especialistas” escolhidos a dedo pela Casa Branca foram contratados com a missão de desacreditar qualquer dado ou informação que falasse das mudanças climáticas.
Os esforços do Governo Bush, felizmente, começaram a “fazer água” em 1992, ano em que foi realizada a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento no Rio de Janeiro. A Rio 92, como ficou mais conhecida, chamou a atenção do mundo para a questão ambiental e colocou o conceito de desenvolvimento sustentável em evidência.
A COP – Conferência das Partes, ou Conference of the Parties em inglês, foi adotada justamente em 1992, como o órgão supremo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima. Os países signatários da Convenção ratificaram o acordo em 1994, e passaram a se reunir anualmente a partir de 1995.
Entre as questões que deverão nortear os debates deste ano estão as medidas para conter as mudanças climáticas a partir dos mecanismos aplicáveis por todos os países, a mitigação das emissões dos gases de efeito estufa, a adaptação climática, as parcerias para conter o aquecimento global e o impacto climático nas questões financeiras.
É bastante fácil notar que são todas questões altamente problemáticas, especialmente num momento de grande tensão internacional a exemplo do conflito entre a Rússia e a Ucrânia. Eu imagino que ouviremos muitos discursos acalorados, inúmeras promessas e poucas ações práticas.
Negociações diplomáticas, apesar de serem lentas e complicadas, são sempre o melhor caminho. O crescimento exponencial dos efeitos do aquecimento global na vida de cidadãos de todo o mundo nesses últimos anos poderá ajudar a fazer as “PARTES” se entenderem um pouco melhor.
Oxalá isso aconteça!
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