
Até alguns poucos anos atrás, as mudanças climáticas eram consideradas como uma mera ficção. No início da década de 1990, citando um exemplo, o Governo do presidente George W. Bush financiou uma grande campanha de comunicação para desacreditar os cientistas que começavam a falar das mudanças climáticas.
Segundo a narrativa, fatos sem comprovação científica poderiam ameaçar os “empregos, o comércio e os preços nos Estados Unidos”. A estratégia envolvia uma pesada campanha de comunicação na imprensa, indo desde a inserção de declarações de notórios “especialistas científicos” até mecanismos para pautar as matérias.
Felizmente, a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento – mais conhecida como Rio 92, foi um grande sucesso e essa “bolha” acabou sendo rompida.
Passados pouco mais de 30 anos desde aqueles tempos, as mudanças climáticas ainda não são um consenso global, porém, está ficando cada vez mais difícil sair por aí negando que alguma coisa está acontecendo com o clima mundial.
Uma pesquisa realizada pela Climate Central, uma organização sem fins lucrativos, apurou que 96% da população mundial foi impactada pelo aumento das temperaturas no último ano. Ou seja – cerca de 7,6 bilhões de pessoas sentiram o aumento da média global de temperaturas entre setembro de 2021 e outubro de 2022.
O Relatório do Índice de Mudança Climática, ou CSI – Climate Shift Index, analisou 1.021 cidades em todo o mundo. Foram utilizados dados de temperatura diários do Centro Europeu de Previsões Meteorológicas de Médio Prazo, catalogados ao longo de mais de 70 anos, além de dezenas de modelos climáticos.
O CSI conseguiu calcular a probabilidade de um clima excepcionalmente quente em um local e dia especifico estar ou não associado ao aquecimento global. O índice revelou que pelo menos 200 milhões de pessoas sentiram algum dos efeitos das mudanças climáticas em cada um dos 365 dias analisados.
O pico da exposição global às mudanças climáticas ocorreu no dia 9 de outubro de 2021, quando mais de 1,7 bilhão de pessoas, ou mais de 20% da população mundial, experimentaram temperaturas acima da média numa probabilidade até 3 vezes maior devido as interferências humanas no clima.
As regiões mais afetadas por essa “anomalia” climática ficam em áreas próximas a Linha do Equador, em países como o México, Brasil, África Ocidental e Oriental, Península Arábica e Arquipélago Malaio.
Usando uma palavra que está na moda, o negacionismo das mudanças climáticas está ficando cada vez mais difícil. Falando de uma forma mais popular, “não adianta ficar chorando pelo leite derramado”. É hora de limpar a mesa e ir no mercadinho comprar outra garrafa de leite…
Como sempre comentamos em nossas postagens, as mudanças climáticas já são um fato consumado. Precisamos nos adaptar a elas da melhor maneiro possível – o que vai exigir fabulosos investimentos em todas as áreas, e tentar seguir com a vida da melhor maneira possível.
E que os céus nos ajudem!
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