
Um ciclone extratropical que se formou ao largo da costa do Rio Grande do Sul na noite da última quarta-feira, dia 12, provocou fortes ventos, chuvas e muitos estragos no Estado. De acordo com boletim divulgado pela Defesa Civil na tarde dessa quinta-feira, dia 13, 52 municípios gaúchos foram afetados. Santa Catarina e Paraná também tiveram problemas.
De acordo com o mesmo boletim, os vendavais deixaram 1 morto e ao menos 24 feridos. No total foi relatado que 261 pessoas ficaram desabrigadas e outras 343 desalojadas. Um total de 3,9 milhões de pessoas, ou 1/3 da população do Rio Grande do Sul, foram afetados pela tormenta.
A cidade gaúcha de Pelotas foi uma das mais castigadas. As redes de energia elétrica foram atingidas pela queda de árvores e mais de 120 mil residências ficaram sem energia elétrica. O problema também afetou os sistemas de tratamento e fornecimento de água na cidade.
Foram relatadas rajadas de vento com velocidade acima dos 100 km/h – em Rio Grande, cidade localizada no litoral Sul do Rio Grande do Sul, os ventos chegaram a atingir 140 km/h.
Mais de 1 milhão de pessoas ficaram sem o fornecimento de energia em toda a Região Sul, principalmente no Rio Grande do Sul, onde um total de 746 mil residências ficaram às escuras. Em Santa Catarina foram 200 mil afetados e 174 mil no Paraná.
Esse foi o terceiro ciclone a atingir o Rio Grande do Sul em menos de um mês. De acordo com informações do INMET – Instituto Nacional de Meteorologia, o ciclone deverá perder força e se dirigir para o alto mar a partir de hoje.
Ciclones extratropicais são fenômenos meteorológicos que se desenvolvem em latitudes médias como é o caso da Região Sul do Brasil. Eles se caracterizam pela ocorrência de grandes tempestades e fortes vendavais e são formados pelo contraste de temperaturas de grandes massas de ar. Também estão associados com a chegada de frentes frias.
Esses fenômenos são relativamente comuns no Sul do Brasil, entretanto, a chegada do El Niño, um fenômeno climático global que já apresentamos em postagens anteriores, pode aumentar a frequência e a intensidade desses ciclones.
Esse El Niño é mesmo um chato…








