Na minha última postagem falei do aquecimento das águas do Oceano Índico e da sua influência na fortíssima seca que vem assolando toda a região Leste e Sul da África, fenômeno que está afetando a vida de mais de 50 milhões de pessoas. Reportagem divulgada a poucos dias atrás pela grande imprensa mostrou, de forma bastante superficial, o drama vivido pela Cidade do Cabo, que está à beira do colapso nos sistemas de abastecimento de água potável. Nessa sequência de postagens, estou aprofundando as informações e mostrando a complexidade do problema, que tem suas origens no “polêmico” aquecimento global.
Por uma feliz coincidência, a AFP – Agência France Press, divulgou no mesmo dia uma reportagem que trata do mesmo assunto e que divulga um estudo sobre o aumento dos níveis dos mares. Vejam a matéria:
“A alta do nível dos mares está se acelerando e poderia chegar a 66 centímetros até o fim do século, dentro das estimativas das Nações Unidas, podendo provocar danos significativos para cidades costeiras, disse um estudo publicado nesta segunda-feira (12).
A taxa anual de crescimento do nível do mar anterior – cerca de 3 milímetros ao ano – poderia triplicar, a mais de 10 milímetros ao ano até 2100, disse um relato do Procedimentos da Academia Nacional de Ciências, um jornal norte-americano.
As descobertas estão “de acordo com as projeções modelo do 5º Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC)”, afirma o estudo, baseado em 25 anos de dados de satélites.
“Essa aceleração, levada principalmente pelo degelo mais rápido na Groenlândia e na Antártica, tem o potencial de dobrar a alta do nível do mar total até 2100, em comparação com projeções que assumem uma taxa constante – a mais de 60 centímetros, em vez dos cerca de 30”, disse o autor da pesquisa, Steve Nerem.
“E isso quase certamente é uma estimativa conservadora”, acrescentou Nerem, professor de Engenharia Aeroespacial na Universidade do Colorado Boulder.
Os coautores do estudo são da Universidade do Sul da Flórida, do Nasa Goddard Space Flight Center, da Universidade Old Dominion e do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica.
Alterações climáticas aumentam o nível dos mares de duas formas:
- A maior concentração de gases de efeito estufa na atmosfera aumenta a temperatura da água, e a água morna se expande. A chamada “expansão térmica” dos oceanos já contribuiu com cerca de metade dos sete centímetros do aumento médio do nível do mar global no último quarto de século, disse Nerem.
- Os oceanos também aumentam com o fluxo crescente de água devido ao derretimento do gelo nos polos.
“Esse estudo destaca o papel importante que os registros de satélites podem ter para validar projeções do modelo climático”, disse o coautor John Fasullo, cientista climático do Centro Nacional para Pesquisa Atmosférica.”
Reportagem da AFP – Agência France Press – 12/02/2018
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[…] alterações nesta mecânica fina do clima, aprimorada ao longo de milhões de anos. O gelo das áreas polares não é mais tão abundante como antes e grandes volumes de água doce são jogadas nos oceanos […]
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[…] carvão e os derivados de petróleo, as queimadas em florestas, entre outras atividades humanas. O aumento do nível dos oceanos é uma das principais consequências do aquecimento global e muitas cidades costeiras poderão, em […]
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[…] Desde os tempos da Revolução Industrial, que teve seu início em meados do século XVIII, as emissões de gases de efeito estufa não param de crescer. A concentração desses gases aumentou no período de 280 ppm (partes por milhão) para 360 ppm. A consequência mais direta desse aumento dos gases de efeito estufa já é visível – aumento das temperaturas do planeta e do nível dos oceanos. […]
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[…] além de provocar o desaparecimento de grandes geleiras em montanhas. Também são notáveis o aumento do nível dos oceanos e as mudanças nos padrões da chuva em muitas regiões, além de muitos outros problemas […]
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