
A Serra da Cantareira é um dos marcos geográficos mais importantes da cidade de São Paulo. A imensa massa verde ocupa toda a faixa norte da paisagem cinzenta da cidade, funcionando como uma divisa natural com os municípios de Guarulhos, Mairiporã e Caieiras.
Contam as histórias que as antigas tropas de burros e de carretas se fartavam com as cristalinas águas que brotavam das encostas da Serra ao largo das trilhas abertas na mata. Para prosseguir nas viagens, os tropeiros se abasteciam com grandes quantidades de água, que eram armazenadas em cântaros de barro – esses recipientes eram carregados em uma espécie de prateleira de madeira presa nas carretas. Essas prateleiras eram chamadas de cantareiras – dizem que essa é a origem do nome da Serra da Cantareira.
A fartura de fontes de águas da Serra da Cantareira levou à instalação de muitas fazendas na região do seu entorno já nos primeiros anos após a fundação da cidade de São Paulo. Já no século XIX, com o crescimento da cidade de São Paulo, as águas das nascentes da Serra passaram a ser utilizadas para o abastecimento da cidade. Em 1893 foi construída uma linha férrea destinada ao transporte dos materiais que seriam usados na construção de uma adutora que seria usada para o abastecimento de águas da cidade de São Paulo. Essa foi a origem do famoso Trenzinho da Cantareira, linha de trem para o transporte de passageiros que foi implantada na antiga linha férrea e que acabou imortalizada na música “Trem das Onze” de Adoniran Barbosa.
O bucólico e pitoresco recanto da periferia da região metropolitana de São Paulo ganhou uma inesperada notoriedade da noite para o dia em 1996 – o acidente aéreo com o grupo musical Mamonas Assassinas colocou a Serra da Cantareira no noticiário nacional. Mais recentemente, a partir da crise hídrica iniciada em 2014 e que ameaçou levar a Grande São Paulo ao “colapso no abastecimento de água”, o Sistema Cantareira não saiu das manchetes dos noticiários.
Como se vê, a Serra da Cantareira tem muita história a se contar e um papel fundamental no abastecimento de águas da região Metropolitana de São Paulo. Continuaremos no próximo post.

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