
Na nossa última postagem falamos dos prejuízos financeiros que o Canal do Panamá está sofrendo por causa da redução das chuvas na região. Apesar de interligar os dois maiores oceanos do mundo – o Pacífico e o Atlântico, esse canal depende da água de rios e lagos para operar.
Esse caso é apenas uma pequena amostra dos custos econômicos provocados pelas mudanças climáticas globais.
De acordo com um estudo divulgado pela Deloitte, uma das maiores empresas de consultoria do mundo, as mudanças climáticas poderão gerar US$ 178 trilhões, cerca de R$ 841 trilhões, em perdas econômicas entre 2021 e 2070.
O aumento gradual das temperaturas do planeta está intensificando eventos climáticos como secas, chuvas e enchentes, precipitações de neve, além de provocar a redução de massas de geleiras responsáveis pelos caudais de importantes rios por todo o mundo. Não menos graves são os impactos no aumento no nível dos oceanos, nas correntes oceânicas e de ventos.
Essas mudanças estão causando perdas na indústria, na agricultura, na pecuária e no turismo, entre outras atividades econômicas. Muito pior – essas perdas vão continuar aumentando nas próximas décadas.
Também entram na conta os danos na infraestrutura – estradas, pontes, barragens de usinas hidrelétricas, centrais de abastecimento de água, ferrovias e portos, entre muitas outras. Essas estruturas precisarão ser reconstruídas ou remodeladas mais cedo ou mais tarde.
Os custos da transição energética também entram nessa conta. A queima de combustíveis fósseis como o carvão e os derivados de petróleo estão entre as principais fontes emissoras de gases de efeito estufa, sendo uma das maiores responsáveis pela crise climática.
Fabulosos volumes de recursos financeiros precisarão ser destinados para a construção de novas unidades de geração de energia, no desenvolvimento e na produção de veículos e outros meios de transporte movidos a partir de fontes alternativas de energia, entre outros investimentos.
Ao fim e ao cabo, todos nós teremos de dar a nossa contribuição para pagar essa conta “bem salgada”…




