ÍNDIA PROIBE AS EXPORTAÇÕES DE ARROZ E O PREÇO NO MERCADO MUNDIAL PODERÁ SUBIR ATÉ 15% 

Uma das leis de mercado mais infalíveis do mundo é a da oferta e procura – quanto um determinado produto é escasso, seu preço sobre. Quando há excesso de oferta, os preços caem. 

De acordo com estimativas do FMI – Fundo Monetário Internacional, esse movimento do Governo indiano poderá resultar em um aumento de até 15% do arroz no mercado mundial. 

De acordo com informações divulgadas pelos indianos, a produção de arroz no país sofreu uma forte quebra devido à seca em diversas regiões produtoras e levando ao aumento dos preços no mercado local. Com a medida, o Governo pretende inundar o mercado interno com arroz, forçando a baixa dos preços. 

País mais populoso do mundo, a Índia vem sofrendo nos últimos meses com uma forte inflação nos alimentos, que mais que dobrou no último mês. O item que mais subiu no país foram os vegetais, que registraram um aumento de 214%. 

E as proibições não devem parar por aí – fontes do Governo indiano afirmam que existem estudos para a proibição das exportações de açúcar. A Índia é o terceiro maior exportador mundial de açúcar, só ficando atrás do Brasil e da Tailândia. 

Outra frente de luta para conter o preço dos alimentos será o aumento das importações de trigo. O Governo está considerando a importação de 9 milhões de toneladas de trigo da Rússia, medida que vai aumentar os estoques do país e forçar uma estabilização da oferta no mercado indiano. 

Na Ásia, a temporada das Chuvas da Monção costumava acontecer entre os meses de abril e outubro. A regularidade dessas chuvas sempre foi fundamental para a agricultura de países com a Índia, Paquistão, Bangladesh, Myanmar e Tailândia, entre outros. 

Com o avanço das mudanças climáticas, essa temporada de chuvas está ficando cada vez mais irregular. Algumas regiões estão recebendo um volume de chuvas acima da média, enquanto outras regiões sofrem com a seca, como é justamente o caso das regiões produtoras de arroz da Índia. 

Lamentavelmente, esse é um problema que só deverá aumentar ao longo das próximas décadas… 

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