PINGUINS-AFRICANOS PODERÃO DESAPARECER ATÉ 2035 

As alcas eram abundantes nessas águas, sendo caçadas aos milhares, tanto para alimentação quanto para servir como isca para a pesca do bacalhau e das lagostas. Os animais também eram caçados e mortos para a retirada de suas penas, usadas no enchimento de travesseiros.  

Uma das principais razões para o declínio da espécie, entretanto, foi a coleta dos seus ovos, que eram considerados uma verdadeira iguaria. O último casal de alcas foi abatido numa pequena ilha ao largo da Islândia, em 3 de junho de 1844. Os pinguins, espécie de ave marinha comum na Antártida e em regiões frias do Sul do Hemisfério Sul, receberam esse nome devido à suas semelhanças com as extintas alcas-gigantes. 

A característica mais marcante dos pinguins é a sua extrema adaptação para a vida marinha. Durante o seu processo evolutivo, essas aves perderam a capacidade de voar e suas asas se transformaram em eficientes nadadeiras. As penas também evoluíram, criando uma eficiente barreira térmica. Os animais também possuem um corpo com formato perfeitamente hidrodinâmico e uma grossa camada de gordura, o que permite a sua sobrevivência em águas e terras frias. 

Existem atualmente 18 espécies de pinguins – além do continente Antártico, essas aves são encontradas no Sul e ao longo da costa do Oceano Pacífico até as Ilhas Galápagos na América do Sul, em diversas ilhas no Sul do Oceano Índico, no Sul da Austrália e da Nova Zelândia, além de regiões do Sul da África. 

Mudanças climáticas, sobretudo as mudanças nas correntes marinhas, a sobrepesca e a poluição das águas dos oceanos, são algumas das grandes ameaças a diferentes espécies de pinguins em todo o mundo. Entre todas as espécies, os pinguins-africanos – mais conhecido como pinguim-do-cabo (Spheniscus demersus), e também como soliticário ou mangote, é a que corre os maiores riscos de extinção eminente. 

Além da redução dos estoques pesqueiros, os animais também sofrem com uma competição bastante desleal com barcos de pesca. Os animais também estão sendo dizimados pela poluição das águas, por doenças e também por inundações e tempestades. 

Sem um esforço conjunto de Governos, pescadores, universidades, organizações ambientalistas e população em geral, os pinguins-africanos em breve terão o mesmo destino das alcas dos mares árticos – eles serão apenas uma lembrança dos tempos passados. 

Um triste destino para animais tão carismáticos… 

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