
O mosquito Aedes Aegypti é originário do continente africano, onde aprendeu a viver próximo dos assentamentos humanos desde milhares de anos atrás. Foi durante o período das grandes navegações europeias que esse mosquito “pegou carona” nas embarcações mercantis, especialmente nos chamados navios negreiros, e chegou ao continente americano, se fixando nas áreas tropicais e subtropicais, do Norte da Argentina até o estado da Flórida, nos Estados Unidos da América.
Já o mosquito Aedes albopictus, conhecido popularmente como mosquito-tigre-asiático, é originário do Sudeste Asiático. Também embarcando como clandestino em navios mercantis, esse mosquito se espalhou por áreas tropicais e subtropicais de todo o mundo em décadas recentes.
Em comum, o Aedes aegypti e o Aedes albopictus são grandes vetores de transmissão de vírus de doenças como a dengue, a febre Chikungunya, a Zika, a síndrome de Guillain Barré, a febre do Nilo Ocidental, entre outras. Todos os anos, essas doenças fazem milhares de vítimas aqui o Brasil e em outros “países pobres” pelo mundo a fora.
Com as mudanças climáticas e com o aumento das temperaturas em diversas regiões do mundo, esses mosquitos estão gradualmente expandindo os seus territórios. Uma das últimas conquistas da dupla foi o Norte e o Oeste da Europa.
Encontrando um ambiente “familiar”, com ondas de calor e enchentes, esses mosquitos poderão criar grandes epidemias de dengue e Chikungunya, entre outras doenças, em terras europeias, fato que está preocupando as autoridades locais e o ECDC – Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças.
De acordo com um relatório do ECDC, que tem sede em Estocolmo, na Suécia, o mosquito Aedes Albopictus já está consolidado no Norte e Oeste da Europa, englobando 13 países e 337 regiões em 2023. Já o mosquito Aedes Aegypti está consolidado na ilha de Chipre desde 2022, podendo se espalhar por outros países do continente com muita facilidade.
Autoridades locais estão fazendo diversas campanhas para a prevenção das doenças. Entre as medidas recomendadas, que já são bastante conhecidas por nós brasileiros, pede-se para eliminar focos de água parada, tampar reservatórios como caixas d’água, barris e tanques, instalação de telas mosquiteiras em portas e janelas, uso de repelente, entre outras medidas.
Até bem pouco tempo atrás, essas medidas eram recomendadas para os turistas que saíam da Europa rumo a destinos exóticos em países tropicais. Agora, essas recomendações valem para o “uso doméstico”.
Coisas do aquecimento global…

[…] DENGUE E CHIKUNGUNYA, DOENÇAS BEM CONHECIDAS DOS BRASILEIROS, PODERÃO SE TORNAR COMUNS NA EUROPA […]
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