
De acordo com informações do Copernicus, componente de observação da Terra do Programa Espacial da União Europeia, o último mês de junho foi o mais quente da história a nível global. Segundo as medições realizadas, as temperaturas ficaram pouco mais de 0,5º C acima da média do período entre 1991 e 2020. A temperatura média planetária foi de 16,51º C.
As explicações para esse calor extremo estão no aumento da temperatura dos oceanos, em uma série de mudanças climáticas e, especialmente, da chegada do fenômeno climático El Niño, que é caracterizado pelo aumento das temperaturas de uma extensa faixa das águas do Oceano Pacífico.
O Copernicus utilizou como referência uma base de dados climáticos da década de 1950, além informações da NOAA – Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, na sigla em inglês.
Foram encontradas temperaturas recordes no Nordeste da Europa e também temperaturas consideravelmente mais quentes em algumas regiões do Canadá, Estados Unidos, México, Ásia e Leste da Austrália. No Oeste da Austrália, no Oeste dos Estados Unidos e também no Oeste da Rússia as temperaturas ficaram abaixo da média.
Nos últimos 15 anos tem sido comum que as temperaturas do mês de junho fiquem acima da média, porém, dessa vez, a elevação surpreendeu. O recorde anterior havia sido batido em 2019, ano em que as temperaturas ficaram 0,37º C acima da média.
Os pesquisadores do Copernicus destacam que essas temperaturas acima da média foram influenciadas principalmente pelas elevadas temperaturas dos oceanos, lembrando aqui que essas águas cobrem cerca de 70% da superfície do planeta.
O Atlântico Norte, citando um exemplo, enfrentou uma série de ondas de calor marinho no mês de junho, fato que surpreendeu muita gente. Entre as causas foram observadas velocidades de vento mais baixas em grandes áreas do Atlântico Norte e também um anticiclone dos Açores mais fraco para um mês de junho desde 1940.
Ondas de calor marinho extremas também foram encontradas no Mar Báltico e ao redor da Irlanda e da Grã-Bretanha. De acordo com dados preliminares dos Centros Nacionais de Previsão Ambiental dos Estados Unidos, o dia 3 de junho foi o mais quente já registrado em qualquer mês da história do planeta.
Do outro lado do planeta, na Antártica, o gelo marinho apresentou a sua menor extensão para um mês de junho desde que as medições começaram a ser feitas em 1979 (vide imagem com o gráfico). Segundo o Copernicus, essa extensão foi 17% menor que a média. Em fevereiro, no final do período do verão Austral, a superfície do gelo marinho atingiu o mínimo histórico pelo segundo ano consecutivo.
De acordo com dados do NSIDC – Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo, na sigla em inglês, a extensão do gelo marinho na Antártica registrou 11,7 milhões de km² no dia 27 de junho. Isso corresponde a 2,6 milhões de km² abaixo da média histórica observada entre os anos de 1981 e 2010. Esse valor é 1,2 milhão de km² menor que a menor extensão já registrada no mesmo dia, que foi observada em 2022.
Desgraçadamente, isso é só o começo desses novos e problemáticos tempos de mudanças climáticas e aquecimento global – preparam-se para novos recordes de temperatura!

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